quinta-feira, 6 de agosto de 2015

KEEP CALM AND: PARA QUE EU QUERO DESCER




Dia desses, em uma séria conversa com um best friend forever, discutindo pautas profundas sobre a vida, tomamos a sábia decisão de largar mão de nosso acompanhamento psiquiátrico/psicológico, dar adeus ao CAPS, queimar os livros do Augusto Cury e segurar essa barra que é gostar de você viver no mundo dos adultos sem enlouquecer.
 

you know nothing Cumpadi Washington

Ah, tá achando que é fácil, então? Fácil viver na geração que não tem ideia do que quer, do que acha que deve querer e do que esperam que você queira??? 

QUE?

Geração Cobrança tá apressada, precisa chegar lá logo - de preferência antes do 30 -, no triplex na Barra, no carro zero do ano, nos netos que os pais não param de cobrar, no companheiro ideal que combina sucesso e diversão. Meu Deus, e a gente precisa fazer isso tudo com o corpo em dia! [Peraí, o que eu tô fazendo escrevendo este texto que não tô na academia?] Então se você ta acordando às 06h pra trabalhar e do trabalho vai pra academia, da academia pra faculdade e da faculdade pra festa do fim de semana, não se ache melhor do que ninguém ou ouse dizer em voz alta que o seu dia deveria ter 48 horas, porque Geração Cobrança... Poxa, Geração Cobrança ta fazendo isso tudo também, mas de cabelo lindo, dentes clareados, suco proteico e foto no Instagram. Sim, o pouco tempo que resta é dedicado às redes sociais talvez para provar (e bater na nossa cara aqui) que 24h dá sim pra fazer tudo. Aceite: é a galera perfeita. 

Ninguém tá mal, ninguém tá com conta atrasada, ninguém detesta o trabalho, ninguém aboliu o famigerado projeto verão, ninguém parou um instante e pensou: cara, o que eu to fazendo da minha vida? Como disse uma amiga em crise dia desses, entre um flash de lucidez e outro "Às vezes eu tenho a impressão de que a vida tá me vivendo e não eu vivendo a vida". Preciso explicar? Tá rápido demais processar esse ciclo de desejar, conseguir, frustrar e partir pra outra (e isso tem se aplicado tanto a sapatos quanto a amores). 

Então não é de se espantar quando esse pessoal começa a ter uns surtos psicóticos de depressão e ansiedade, se perguntando, entre um post e outro no Instagram, “O que eu to fazendo?”; médicos mais inexperientes já vão aplicar logo um combinadinho de ansiolítico com sossega leão pra diminuir o ritmo e o jovem conseguir apreciar em câmera lenta o andar da própria vida. Adianta? Ouvi de fontes seguras [risos] que não, porque é meio óbvio que os remédios não curam problemas, eles dão apenas uma maquiada de leve, escondem ali debaixo do tapete, levam pra passear, mas qualquer dia desses seus mesmos problemas vão voltar pra te assombrar.

O que sei é que estou tão perdida quanto vocês, protótipos errados, e volta e meia eu simplesmente quero bater nessa barrinha idiota do Facebook que tem o atrevimento de me perguntar “No que você está pensando?”. Somos a geração que tem um diploma, mas não sabe o que fazer com ele, tem um carro, mas não sabe para onde ir, tem um amor, mas não sabe aonde vai dar. Então, devolvendo uma pergunta que um amigo me fez esses dias, depois de um longo expediente no trabalho: e pra você, Vinte e Tantos, tem sido um dia a mais ou um dia a menos?



ps: Mérito do título a Nathália V., Relações Públicas do blog haha

ps: Se gostou, dê um like, compartilhe, comente, me siga aqui, vire meu fã, tire fotos minhas nas ruas, etc. hahaha 

Bisou!

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