terça-feira, 3 de setembro de 2013

E pra quem fica...


"Uma voz no vento
Chama azul do dia
Doce perfume, canção
Uma voz no tempo
Resiste na noite
E as lágrimas fogem de ti
Uma voz no vento
Uma voz me chama
Brisa de amor, doce coração
Uma voz no tempo
Carinho na alma
E as lágrimas fogem de ti
Se quem chegou, partiu
Se quem virá, já foi
Só pra quem fica os dias são todos iguais
Mil sonhos pra enterrar
Ventos e vendavais
Corpo e alma afetam
Se os anos pesam demais no coração
E as lágrimas fogem de ti
E lágrimas fogem de mim
E um rio se forma de nós."
A belíssima música de Marcus Viana expressa basicamente tudo que há a dizer. Eu sei, nada de textos pessoais, nada de vomitar sua vida tédio aqui, mas há sempre aquilo que precisa ser dito e... Escrever faz passar. Ora, o blog é meu. Deixa eu reclamar à vontade, tô pedindo desculpas pra quem afinal? (rs).
[Ainda triste, as piadas não param de surgir em minha mente, deve ser algum transtorno novo que os psiquiatras ainda não descobriram.]
Porque eu já havia dito, estamos só de passagem, mas ainda dói. Porque pra quem fica, os dias são realmente todos iguais e só resta mesmo enterrar os sonhos. Os mil sonhos. Os nomes, as lembranças, a força sobre humana  de ter que dizer: "Não dá certo". E sorrir ainda, ser forte ainda, os dias são iguais, mas são meus dias, é a minha vida que segue, então que siga de uma maneira no mínimo... Divertida, alegre. É aí que está a nossa natureza: se recompor, acordar cada dia, menos saudosa; e, citando Clarice L. pra variar, "Faça com que eu saiba ficar com o nada, e mesmo assim, me sentir como se estivesse plena de tudo". E um rio, sim, de distância, se forma em nós.