sábado, 19 de outubro de 2013

Havaiana de Pau - Post para espairecer



Finalmente entendi por que meu blog vive abandonado, sobrevivendo apenas de esmolas de visitações e o amor que lhe dedico. Se pensam que o motivo é o fato de eu escrever apenas sobre o que me cerca e meu umbigo, estão errados. Também se engana se imagina que a qualidade textual seja motivação; ou talvez por que é ruim mesmo. A verdade é que perdi a moda que passava e não me enquadro, por ora, no verbete “bloguete”. Mas minha gente, vamos corrigir isso e é agora! 
Minhas queridas leitoras “entediantes” do meu BRASIL –e do exterior também #meacho-, dedico esse post aos blogs de moda, de make, tutorial, trendit, f*hits, que nos inspiram diariamente com fotos de fato significantes e legendas como “dujour”, “trend”, “onça leopardo elefante”, “unha”. Pois então. Se todo mundo respira, expira, inspira, por que não eu?

Entendo que o texto deve começar com algo falando sobre a estação que se aproxima (pode ser a de Paris), sobre as tendências da semana da moda e o novo lançamento da Schutz. Vamos lá –nervosa rs-.

Meninas, como vocês sabem, moro em uma cidade um pouco quente (Teófilo Otoni, joguem no Google a previsão da seca) e com a chegada do verão, nada melhor do que apostar em looks leves, cheios de cor e conforto, afinal ninguém merece roupa carregada e desconfortável quando o status de sua pele é descrito como “derretendo”. Eu costumo apostar em saris, véus e longos de seda para passeios diários, pois o clima aqui em muito se assemelha ao do Egito. E então, quando vamos dar uma volta casual, nada melhor do que apostar em uma rasteirinha cheia de charme e praticidade não é mesmo, lindas?


 #inspired #tudodebom #lançamentoSchutz

Sandálias Havaianas, tudo de bom! Aliás, em minha terra a gente fala chinelo mesmo. Quando não fala “chinél”, que é mais descolado. Havaiana cai bem em qualquer situação: açaí com as amigas, faculdade, padaria, casa de vó, Hipermercado Araújo (que são os lugares mais tops que existem em minha cidade, e, óbvio, que mais frequento). Mas agora que sou bloguete e quero passar todas as tendências de moda e também experiências de vida para minhas seguidoras, não poderia deixar de compartilhar uma dica. Meninas, não há nada pior do que sair para um passeio sábado à tarde à beira da lagoa Rodrigo de Freitas (ou rio Todos os Santos, tudo a mesma coisa), calçando sua estilosa Havaiana e num segundo, você se sente quase nua no meio da rua, meio que pisando no chão: a correia ‘rebentou’!


DO NOT PANIC, GIRL. EVERYTHING IS GONNA BE ALRIGHT.
 #partiugambiarra #quemnunca #aprendiausarhashtag #havaianadepau

Quando se está sozinho, a situação fica mais penosa, mas não perca a pose e seu passeio por causa disso, aqui vai a dica preciosa. It girl que se preze sempre carrega um grampo de cabelo na bolsa né, além do Iphone, do Coco Mademoiselle miniatura, chiclete, elástico de cabelo (que aqui a gente chama de xuxinha, mas não fica muito classudo né), protetor solar Roche Posay. Pois bem, você parte o grampo no meio (força, garota!), enfia assim na ponta da correia rebentada e voilá: o passeio continua!


#sempregosemgloria #npng #chinél #ficadica

Eu frequentemente passo por essa situação, porque tenho uma sola do pé de ferro e piso meio torto, então quebro seis chinelos por ano. Como vi numa publicação no face, só não recomendo ir à agencias bancárias com seu chinelo recauchutado, pois pode haver um embaraço e você, linda, vestida de Zara, Animale e John John, ter que descalçar sua rasteirinha e colocá-la na caixinha de objetos metálicos – mas dá pra superar, garanto. Também não é legal ficar expondo a sola do chinelo ao cruzar as pernas, ou sentar-se mais à vontade, invejosos criticarão e farão piada. 

É isso, leitoras assíduas, por vezes trarei dicas de perfumes, calçados, viagens, cabelo e make para vocês.
Na próxima postagem pretendo trazer a inauguração de um ambiente lindo aqui em Teó, que promete ser o hit do sábado da galera jovem e antenada daqui. Vou dar só uma dica: começa com Tia e termina com Teca.

Bisou Bisou

Obs: Apenas brincadeira, minha gente. Quem sou eu pra julgar futilidade, senão apenas mais uma seguidora? Acompanho algumas ‘its’, admiro a produção, os cabelos maravilhosos, as fotos incríveis de viagens, mas sem levar isso tudo tão a sério. Tem mais coisa na vida né?

domingo, 13 de outubro de 2013

Além do rio...



"You were once
My one companion ...
You were all
That mattered ...
You were once
A friend and father -
Then my world
Was shattered"



Nos quintais mais coloridos, cheios de flores amarelas, vermelhas e azuis; na cozinha onde tantas mulheres conversam animadas enquanto cortam tomates; nas festivas reuniões do final do ano; no seio daquela família enorme de tantos filhos, netos e bisnetos; no casarão branco de janelas azuis... A hora de se despedir também chega.

Se são jovens e partem de maneira trágica, tanta dor parece compreensível; mas quando quem se despede é uma pessoa tão velhinha, apesar da saúde e lucidez incrível, que já teve tanta história pra contar, a dor é só uma coadjuvante não é mesmo? Não. Dói e é demais. Se a morte chega de maneira abrupta, ou se é esperada, ou se é tão serena como “um passarinho”, dói ainda, e sabe, é demais.
Porque essa gigante família não esperava perder a liderança tão cedo. Ainda que o tão cedo significasse noventa e (quase) sete anos. Tão cedo porque pra se despedir, nunca há demora, estamos sempre deixando o relógio correr bem devagarzinho...

“Ora, o último inimigo a ser derrotado é a morte”. Derrotamos a morte quando acreditamos em um Deus que consola que abraça e, principalmente, que ressuscita. Mas derrotar a saudade é difícil, superar a distancia e engolir o nó; pensar “e agora?”. Nunca estamos preparados, por mais que saibamos no fundo, por mais que todos digam “basta estar vivo”, o arrepio que percorre o corpo, a frialdade que nos envolve, os olhares assustados tão cúmplices, nunca estaremos preparados.

Sentimos dor nos pés, pois quase não nos sentamos durante a noite; dor no pescoço, quando cochilávamos de mau jeito na cadeira; dor nos olhos, nos músculos da face, de tanto chorar; dor pelo corpo, quando nos apertávamos forte demais para aplacar a tristeza. Mas a pior, é essa que fica quando já estamos em casa descansando, repensando o ocorrido, meditando nos últimos minutos ao seu lado. Tudo em meu corpo dói, não há um pedacinho que não lateje; mas agora, depois de dizer meu “até breve” e deixá-lo, não há parte que doa mais que meu coração.