Esses
dias estive revirando o baú velho do meu passado procurando algo que
naquele momento me parecia imprescindível, mas imprescindível é a primeira
coisa que me vem à mente até que eu me
esqueça dela, de modo que do meu passado voltei com tudo quanto é tralha e lembrança nos braços, menos a tal
coisa que comecei a procurar.
E
dentre as novas tralhas e lembranças, que agora me pareciam absolutamente...imprescindíveis,
estavam minhas músicas antigas. Você já ouviu uma música que se tornou a trilha
sonora perfeita para sua vida, ou fez de suas viagens ainda mais inesquecíveis
e não importa quanto tempo passe, aquela música ainda vai te sacudir por dentro?
Mas
é claro que você já ouviu. É claro que você tem uma música sua.
Eu
ainda me lembro de quando ouvi Stairway to Heaven pela primeira vez, aos
cartorze ou quinze anos, na casa de um de meus amigos e como foi estranho
constatar, logo nos primeiros sons do dedilhado melancólico, que aquela era a minha música e me marcaria dali por
diante. Uma dessas descobertas mágicas.
Só que havia me esquecido dessa sensação encontrar algo bom de repente.
Meus
sentidos se tornaram meio surdos e a falta de tempo só tem me permitido ouvir “As
Top 10 da Semana” de modo que minhas novas descobertas se resumem um combo de
cantores de um só sucesso e música inferninho do último verão.
É
tanta praticidade deixar o aplicativo escolher a playlist, deixar o site fazer
o roteiro de viagem, ou a crítica dizer o que deve ou não ler, que cada vez
menos há chances de boas surpresas, e quando você se assusta ta usando até as palavras práticas para se referir a
momentos e sentimentos “Pessoa top”.
Não,
não, não. Me chama de formidável, mas não me chama de top, -estou abdicando de tudo
aquilo que pode ser definido de maneira tão simplória e fria.
Mas
voltando à falar da música, porque na verdade eu não tinha absolutamente nada
para escrever –só queria mesmo postar essa foto linda do Robert Plant, mas ia
ficar sem sentido e sem assunto, aí pensei em escrever um parágrafo sobre uns CDs
antigos que encontrei, de quando tinha dezesseis anos, porém detesto casos
resumidos aí acabou que –
MAS voltando a falar da música: qual é a de vocês?
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