Dia desses, em uma séria
conversa com um best friend forever, discutindo pautas profundas sobre a vida,
tomamos a sábia decisão de largar mão de nosso acompanhamento
psiquiátrico/psicológico, dar adeus ao CAPS, queimar os livros do Augusto Cury
e segurar essa barra que é gostar de você viver no mundo dos adultos sem
enlouquecer.
Ah, tá achando que é
fácil, então? Fácil viver na geração que não tem ideia do que quer, do que acha
que deve querer e do que esperam que você queira???
QUE?
Geração Cobrança tá
apressada, precisa chegar lá logo - de preferência antes do 30 -, no triplex na Barra, no carro
zero do ano, nos netos que os pais não param de cobrar, no companheiro ideal
que combina sucesso e diversão. Meu Deus, e a gente precisa fazer isso tudo com
o corpo em dia! [Peraí, o que eu tô fazendo escrevendo este texto que não tô na
academia?] Então se você ta acordando às 06h pra trabalhar e do trabalho vai
pra academia, da academia pra faculdade e da faculdade pra festa do fim de
semana, não se ache melhor do que ninguém ou ouse dizer em voz alta que o seu
dia deveria ter 48 horas, porque Geração Cobrança... Poxa, Geração Cobrança ta
fazendo isso tudo também, mas de cabelo lindo, dentes clareados, suco proteico
e foto no Instagram. Sim, o pouco tempo que resta é dedicado às redes sociais
talvez para provar (e bater na nossa cara aqui) que 24h dá sim pra fazer tudo.
Aceite: é a galera perfeita.
Ninguém tá mal, ninguém tá
com conta atrasada, ninguém detesta o trabalho, ninguém aboliu o famigerado projeto verão, ninguém parou um instante e pensou: cara, o que eu to fazendo da
minha vida? Como disse uma amiga em crise dia desses, entre um flash de lucidez
e outro "Às vezes eu tenho a impressão de que a vida tá me vivendo e não eu
vivendo a vida". Preciso explicar? Tá rápido demais processar esse ciclo de desejar,
conseguir, frustrar e partir pra outra (e isso tem se aplicado tanto a sapatos
quanto a amores).
Então não é de se espantar
quando esse pessoal começa a ter uns surtos psicóticos de depressão e
ansiedade, se perguntando, entre um post e outro no Instagram, “O que eu to
fazendo?”; médicos mais inexperientes já vão aplicar logo um combinadinho de
ansiolítico com sossega leão pra diminuir o ritmo e o jovem conseguir apreciar
em câmera lenta o andar da própria vida. Adianta? Ouvi de fontes seguras
[risos] que não, porque é meio óbvio que os remédios não curam problemas, eles
dão apenas uma maquiada de leve, escondem ali debaixo do tapete, levam pra
passear, mas qualquer dia desses seus mesmos problemas vão voltar pra te
assombrar.
O que sei é que estou tão
perdida quanto vocês, protótipos errados, e volta e meia eu simplesmente quero
bater nessa barrinha idiota do Facebook que tem o atrevimento de me perguntar
“No que você está pensando?”. Somos a geração que tem um diploma, mas não sabe
o que fazer com ele, tem um carro, mas não sabe para onde ir, tem um amor, mas
não sabe aonde vai dar. Então, devolvendo uma pergunta que um amigo me
fez esses dias, depois de um longo expediente no trabalho: e pra você, Vinte e
Tantos, tem sido um dia a mais ou um dia a menos?
ps: Mérito do título a Nathália V., Relações Públicas do blog haha
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